Esta é a segunda parte do texto ref a nossa viagem a Tailandia, Vietnan, Laos e Camboja feita para nosso grupo de estudos a respeito destes países
Texto: Patrícia Santos
Laos
Nome oficial: República Democrática Popular Lau
Limites: norte: China; leste: Vietinan; sul: Camboja: sul e oeste :Tailândia; noroeste: Myanmar.
Área: 236.800 km²
População: 6,9 milhões de habitantes (estimativa 2016)
Fuso horário: 10 horas à frente do horário de Brasília
Governo: República Socialista (Regime de partido único)
Idioma: laosiano (oficial), francês e meo (língua regional)
Religião: budismo (43,1%), crenças tradicionais (49,1%), sem religião (3,5%), outras (3,6%), ateísmo (0,9%) e dupla filiação (0,2%).
PIB (Produto Interno Bruto): US$ 11,6 bilhões (estimativa 2014)
Moeda: Kipe
Atividades econômicas principais: agricultura (principalmente de arroz)
Capital: Vientiane
Vientiane ou Vienciana é a capital e a maior cidade do Laos. Localiza-se às margens do rio Mekong.
Área: 3.920 km²; Elevação: 174 m; População: 210.000 (2008);
Faculdades e universidades: Universidade Nacional do Laos, Sisavangvong University.
PRÉ-HISTÓRIA
Em 2009 foi encontrado um antigo crânio nas montanhas Annamite, ao norte do Laos, com pelo menos 46 mil anos de idade; o mais antigo fóssil humano encontrado até hoje no sudeste da Ásia. Durante o quarto milênio a.C., frascos de sepultamento e outros tipos de sepulcros encontrados, sugerem uma sociedade complexa em que os objetos de bronze apareceram por volta de 1.500 a.C, e ferramentas de ferro eram conhecidas a partir de 700 a.C.. O período proto-histórico (período da pré-história imediatamente anterior ao aparecimento da escrita, em que já havia uma incipiente metalurgia), é caracterizado pelo contato com civilizações chinesas e indianas. A partir do quarto para o oitavo século, as comunidades ao longo do rio Mekong começaram a se formar em cidades, ou Muang, como eram chamados.
HISTÓRIA E POLITICA
Budismo Teravada (Tera= anciãos; vada= doutrina)= “Ensino dos Sábios” ou “Doutrina dos Anciões”: mais antiga escola budista. Fundada na Índia; relativamente conservadora; é a que mais se aproxima do início do budismo |
Século XIV: O rei Fa Ngum dá início ao Reino de Lan Xang. No século XVIII, ele instituiu o Budismo Teravada, como a religião do Estado. Expandiu o reino a leste e ao longo das montanhas do povo Annamite. Por causa de sua crueldade, Fa Ngum foi forçado ao exílio na província tailandesa de Nan em 1373, onde morreu.
Sucessor: Samsenthai; reinou por 43 anos, tornando Lan Xang um importante centro de comércio. Após sua morte em 1421, Lan Xang desabou em facções nos próximos 100 anos.
Em 1520, o rei Photisarath, para evitar a invasão da Birmânia (Myanmar), transferiu a capital de Luang Prabang para Vientiane. Construiu Pha That Luang, considerado o símbolo de Laos. Em 1637, Sourigna Vongsa acende ao trono, expandindo as fronteiras do reino. Essa é considerada a época de ouro do Laos. Não deixou herdeiros. Com sua morte, o reino dividiu-se em três principados. Entre 1763 e 1769, os exércitos birmaneses invadiram o norte do Laos e anexaram Luang Prabang
Anouvong ascendeu ao trono de Vientiane apoiado pelo povo Siamês. Foi a época do renascimento das artes plásticas e da literatura laociana. O rei se rebelou contra os siameses: fracassou e Vientiane foi saqueada. Inicia no século XVII o declínio de Lan Xang, quando a Tailândia assumiu o controle das terras ao norte. Em 1893, a França que já dominava o Vietnãn, passa a dominar o Laos, então constituído pelos reinos de Luang Phabang, Vientiane e Champasak ou a Indochina.
Na Segunda Guerra Mundial, os japoneses ocupam a Indochina francesa, incluindo o Laos. Ao final da guerra, as tropas francesas libertam o país e lhe conferem autonomia limitada, e somente reconhece sua independência em 1953. Em 1960, Le Kong, um capitão do exército, tomou Vientiane em um golpe e exigiu a formação de um governo neutro, em meio à luta de forças de direita e esquerda que disputavam o poder. Tal governo neutro não foi bem sucedido, e forças de direita sob comando do general Phoumi Nosavan assumem o controle do Laos. Membros do governo neutro deposto se aliam aos insurgentes comunistas, que recebem apoio da União Soviética. Já o regime de Phoumi Nosavan, de direita, recebe apoio dos Estados Unidos.
Com o apoio das superpotências a ambos os lados, estoura a guerra civil. Por quase uma década, o Laos foi submetido a bombardeio pesado pelos EUA que tentavam interditar a Trilha Ho Chi Minh, que passava a leste do Laos.
Imagens de uma guerra que não aconteceu:
Embora não-envolvido diretamente na Guerra do Vietnã, o país foi fortemente atacado em suas fronteiras e recebeu carregamentos de bombas despejados de aviões que sobrevoavam seu território. Isso lhe rendeu o título pouco engrandecedor de país mais bombardeado da história das guerras modernas e uma ajuda internacional de cerca de US$ 2 milhões somente este ano para o esforço de “desminagem” (retirada de minas). Calcula-se que tenha sido alvo de 150 mil mísseis e de cerca de 2 milhões de toneladas de bombas. Os habitantes têm encontrado os mais diversos usos para as bombas não detonadas.
BAN APA: Uma das mais impressionantes reminiscências da guerra do Vietnã no Laos, esta vila tem todas as casas construídas sobre “pilotis” feitos de carcaças de bombas |
Bombas não detonadas encontram uso cotidiano nas aldeias do Laos
Crianças posam perto de bombas não detonadas, recuperadas em uma aldeia.
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Em 1972, o Partido Popular Comunista mudou seu nome para Partido Popular Revolucionário do Laos (LPRP), e se juntou ao novo governo de coalizão, logo após o acordo de cessar-fogo em 1973. No entanto, a luta política entre os comunistas, neutralistas e direitistas continuou. A queda de Saigon e Phnom Penh para as forças comunistas em abril de 1975 acelerou o declínio da coalizão no Laos, e de fato, meses depois, o Pathet Lao, movimento armado comunista, entrou em Vientiane. O rei abdica do trono e a República Democrática Popular do Laos, comunista, é estabelecida.
O novo governo comunista impôs medidas duras, incluindo o controle dos meios de comunicação e a detenção de muitos membros do governo anterior e militares em “campos de reeducação”. Essas políticas draconianas e à deterioração das condições econômicas, juntamente com os esforços do governo para impor controle político, incitaram um êxodo, onde cerca de 10% da população procurou o estatuto de refugiado.
Com o tempo, o governo fechou os campos de reeducação e libertou os prisioneiros políticos. Hoje, o Laos é um país em transição e tem a meta de tornar-se um país desenvolvido por volta de 2020. Enquanto o sistema político permanece firmemente no controle do Partido Popular Revolucionário do Laos, as forças da globalização e regionalização forçam o governo do Laos a abrir a economia às forças do mercado.
Referências Bibliográficas:
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/laos.htm
Laos profile (em inglês). Disponível em: < http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-pacific-15351901 >. Acesso em: 07 out. 2012.
Laos (em inglês). Disponível em: < http://www.state.gov/outofdate/bgn/laos/195234.htm >. Acesso em: 07 out. 2012.
Mapa: http://www.tourismindochina.com/laos/info/map-laos.htm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/asia/laos-luang_prabang-arredores.shtml
http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=35927
http://noitesinistra.blogspot.com.br/2013/05/a-incrivel-planicie-dos-jarros.html#.WAk4W-grKM8
http://www.suapesquisa.com/paises/laos/
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=vientiane
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